Eve Brandão
E com o abraço do vento, sinto a sua presença agora mais de perto. Esse sopro que deveria apenas refrescar e me levar à calmaria, hoje me enaltece e ressignifica o meu eu.
Se antes tudo não passava de incerteza, agora não lembra nem de longe a tristeza dos dias em que não te vi, não te ouvi, não senti...
Ignoraste-me? Que seja! Tudo só serviu para que eu percebesse o quanto estou viva e o quanto a sua falta mexe com os meus sentidos. Mas, como sempre, você volta, e nossa distância reacende a chama do inesperado sentimento que aos poucos descongela o coração de pedra desacostumado a amar.
E já sem muita ansiedade, vivo a brisa, sinto a vida, abro a porta e espero você chegar...
1 Response
  1. UAU, hein!
    Disse pouco, mas disse bastante nessas linhas... Lindo post, Eve!!

    E se esse "inesperado sentimento que aos poucos descongela o coração de pedra desacostumado a amar" está te fazendo escrever desse jeito, é porque você "pegou a manha da coisa", isto é, escreve com o coração; se liberta pelas palavras. Alma de escritora, poetisa nata. Uma artista! E pronto.